A origem dos drinks misturados, conhecidos como coquetéis (cocktails) remonta à idade média, quando já misturavam bebidas destiladas com sucos de frutas ou temperos para diluir sua alta graduação alcoólica.
Com o passar do tempo, as misturas foram ganhando criatividade e técnica a nível profissional, especialmente na Inglaterra, em meados do século XIX.

A aparência do drink ganhou muita importância. Estima-se que metade de seu valor relaciona-se com sua apresentação. Isto justifica a utilização de chamativos mexedores, como um bastão de cenoura, um talo de salsão ou até mesmo uma longa pena colorida do rabo de um galo, o legítimo cock tail.

Algumas dessas bebidas tornaram-se embaixadoras de seus países de origem ou onde se popularizaram. Elas podem ser consumidas como aperitivos, digestivos, ou como forma de dar boas vindas.

A piña colada (rum branco, creme de coco e suco de abacaxi) faz parte da cultura local no Caribe. O mojito (rum branco, club soda, limão e açúcar) - adorado pelo escritor Ernest Hemingway - foi criado em Havana, Cuba, nos anos 40. A margarita (tequila, contreau e limão) foi criada no México nos anos 50 e ganhou fama mundial durante a Copa de 1970. Eventos de gala não dispensam o centenário Manhattan (uísque, vermute tinto, angostura e cereja), criado na badalada ilha de Nova Iorque.

Dois dos destilados mais utilizados são a vodka e a tequila, que têm a propriedade de deixar pouco vestígio de álcool no hálito.

A tequila sunrise tem sua origem associada ao vocalista Mick Jagger, dos Rolling Stones, que em turnê pelos Estados Unidos foi proibido pelo médico de tomar o destilado. O cantor utilizou, então, o artifício de acrescentar suco de laranja e grenadine (xarope de romã) que dava ao drinque a cor do nascer do sol.

Um dos coquetéis mais versáteis é o bloody mary, que tem sua origem em Paris, França. Pode ser tomada antes do almoço ou a qualquer hora na praia. Os americanos creditam a ele propriedades de cura para ressaca, sendo comum o seu consumo pela manhã, especialmente aos domingos.

A bebida ganhou popularidade nos Estados Unidos durante a lei seca de 1920, que tinha o objetivo de solucionar os problemas relacionados com a pobreza e a violência. A composição era vodka, suco de tomate, limão, molho inglês e pimenta do reino (um talo de salsão como mexedor). Posteriormente foram acrescentadas gotas de tabasco. Era perfeita para disfarçar o crime de beber. Mas lembre-se, naquela época não existia o bafômetro.